#43 Um Conquistador em Apuros

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No cinema existe uma linha muito frágil, que poucas vezes deve ser ultrapassada: A do personagem  olhar para a câmera e falar. Para isso funcionar, tem que ser um momento estratégico, com um motivo de surpreender o espectador, ou se designar a realizar o filme com o personagem conversando com a câmera diversas vezes. Um exemplo de filme que funciona de maneira brilhante com esse movimento é Funny Games (1997) do diretor austríaco Michael Haneke. Neste filme do mesmo diretor de Cocktail (1988), em duas oportunidades Robin Williams com todo seu ar canastrão, de uma hora para outra, como em um estalo, vira para a câmera e troca algumas palavras. Uma situação embaraçosa, em que eu fiquei com vergonha por ele.

Fora isso, como já cansou de me dizer o meu amigo Jackson Soares, Robin Willians tem um ar incontrolável de canastrão. Aqui mais uma vez ele mostra como pode ser um ator péssimo, sem graça alguma em todas as interpretações do texto, fazendo com que o filme que já era mediano ficasse ainda pior. A aparição de Tim Robbins em cena dá um fôlego para o longa-metragem, mas mesmo assim ele não consegue se salvar.

Um péssimo trabalho de Roger Donaldson, principalmente em escalar Robin Williams para ser o protagonista.

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Um Conquistador em Apuros (Cadillac Man). EUA 1990. 97 min. Direção de Roger Donaldson. Roteiro de Ken Friedman. Com Robin Williams, Tim Robbins, Pamela Reed, Lori Petty.

NC: 4     NP: 3     IMDB: Um Conquistador em Apuros 

Por: Ricardo Lubisco

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